ASSOCIAÇÃO VIDA INTEIRA

Fundada em 24 de Fevereiro de 2005, com a aquisição da Chácara 51B, na Quinta das Águas Bonitas, em Águas Lindas de Goiás, entorno de Brasília-DF. Esta é uma região muito carente, sem nenhuma opção educacional extra, sem nenhuma opção de lazer, sem a devida assistência médica e até mesmo de difícil acesso na época das chuvas. No dia 26 de Outubro de 2005, a Associação foi Registrada no Cartório de Pessoas Jurídicas, e posteriormente teve o seu Registro na Receita Federal.

O objetivo da aquisição do imóvel era fundar uma Associação que tivesse como finalidade a promoção da prática da caridade espiritual, moral e material por todos os meios disponíveis, em benefício de todos, sem distinção de pessoas, raça, cor, posição social e religião; a realização de serviço de assistência social de modo geral, realizando projetos educacionais e de amparo a crianças, jovens e adultos; desenvolver projetos culturais objetivando o desenvolvimento cultural e social da comunidade em geral; desenvolver projetos auto-sustentáveis que envolvam a comunidade em geral; e proporcionar ações positivas e preventivas de saúde comunitária.

segunda-feira, maio 31, 2010

ALMA NUA

Uma música para esta tarde de segunda-feira.

Boa semana abençoada para nós.



Tata Ngunz'tala

sexta-feira, maio 21, 2010

NOSSO FINAL DE SEMANA

Se for a vontade divina, este final de semana teremos a nossa função tradicional na Nzo Jimona dia Nzambi (a casa dos filhos de Deus).
Domingo, dia 23/05, a partir das 09:00 estaremos recebendo a nossa criançada da comunidade para o lanche comunitário, seguido de aula de reforço e atividades de lazer e paradidáticas. Ao meio dia serviremos o almoço comuntiário (quem for para o almoço, favor confirmar). A partir das 14:00 teremos nossa Sessão de Umbanda, onde vamos pedir orientação divina e a presença de nossos guias de luz.
Quem não puder se fazer presente, mas acreditar na atuação divina através deste maravilhoso culto, pode encaminhar pedidos e intenções para anotarmos no livro de orações.

Lembramos que estamos começando a campanha para o kit escovação que distribuímos a cada três meses (uma escova, um fio dental e um creme dental). Sei que temos creme dental suficente, acho que algumas escovas (vou verificar e depois confirmo, mas de qualquer modo precisaremos de escovas, e o fio dental vamos precisar de todos. Quero fazer pelo menos quarenta kits, pois também distribuímos para os pais que se fazem presente, enquanto conscientizamos a todos da importância de uma boa escovação. Então quem quiser começar a contribuir já pode. Estou prevendo a realização desta campanha para o dia 06/06 (Dr. Fábio, podes estar presente?), se essa for a vontade divina.


No mais é isso ai. Desejando a todos e todas uma tarde abençoada e uma noite de reparação sob a proteção divina.


Tata Ngunz'tala

A Religião e a Magia

A religião é o abandonar-se no Ser adorado, independente dos acontecimentos externos. É sublimar-se no amor divino e entregar-se no êxtase de servir, seja no próprio rito, seja na rotina da vida. A religião deve ser uma manifestação natural do esforço do ser em unir-se conscientemente ao eterno, independente da concepção e da revelação que cada um tem do seu Deus interior e do Ser supremo, o Misericordioso.



A magia (feitiçaria) é o desvirtuamento da religião (qualquer que seja ela). É querer subjugar a divindade e fazer dela o seu serviçal. Ai entra a ritualística que deixa de ser fruto do louvor sincero, para ser uma troca com o divino e uma tentativa de subornar o sagrado.

Assim, quando usamos de qualquer subterfúgio SOMENTE para termos proteção, alcançarmos vitórias sobre supostos inimigos, galgarmos algo que servirá somente para fortalecer o nosso ego, estamos praticando a magia.



Por isso que em todo o histórico das religiões (todas elas), temos o embate entre o feiticeiro/feiticeira e o sacerdote/sacerdotisa.



O Sacerdote/Sacerdotisa embriaga-se do amor divino e distribui este vinho aos que o segue, de maneira complacente e libertadora.



O Feiticeiro/Feiticeira corrompe a divindade para que se torne o seu escravo e assim lhe garanta os resultados da sua soberba e da sua concupiscência. Nisso nasce a religião escravizadora e não libertadora (feitiçaria),que podemos detectar em todas as estruturas religiosas, tanto históricas, como contemporâneas.

A fé pura liberta.

A magia escraviza. Pois para se sentir protegido, amado, feliz, o ser precisa o tempo inteiro negociar com o divino, AO INVÉS de sucumbir em seu amor e sua manifestação, de maneira voluntária e consciente.

Assim surge o clientelismo religioso.

A feitiçaria é a sede do politeísmo. Pois fica difícil para o feiticeiro/feiticeira lidar com um Ser Todo Poderoso e Onisciente e Justo. Não dá para usá-lo para os seus fins duvidosos e para sua ânsia de poder temporal e de crescimento do ego. Então prefere acreditar e fazer acreditar em vários deuses e assim, tentar o favor de um ou de outro dependendo da situação, ou até manipulá-los para ver quem vai sair vencedor no embate promovido pela sua ganância. Até porque aquela sua criação mental que (ele acredita um Deus) considera divina, precisa deste negócio para continuar sendo deus.

A religião, mesmo as que têm uma diversidade de divindades e cultos a seres divinos e espirituais, consegue transcender a todas estas manifestações, vendo nestas divindades ou seres as diferentes facetas da consciência suprema do Deus/Deusa Todo Poderoso, e suas diversas revelações durante a história da humanidade ou de um povo específico, mas não foge nunca à idéia de uma mente Suprema de onde tudo partiu e para onde tudo converge.

Cultuar Deus/Deusa em suas diversas facetas é somente reconhecer a Sua sabedoria suprema e seu amor, que se dar voluntariamente de acordo com a necessidade da humanidade (várias divindades não significa necessariamente politeísmo, sob o este ponto de vista). Mas a verdadeira religião e o verdadeiro sacerdote/sacerdotisa nunca buscam uma manipulação da vontade divina, pelo contrário, a Reconhece e nela se deixa absolver no prazer de se espiritualizar conscientemente, já que sabe que toda forma é passageira. O verdadeiro devoto cultua, oferece as suas dádivas, mantém os seus rituais, mas sempre sob a perspectiva de agradecimento e engrandecimento da revelação divina que se faz em sí mesmo e em todas as coisas, e sempre objetiva a sua união suprema com Deus/Deusa, mesmo que seja através de uma das suas naturezas manifestadas que chamamos aqui de divindades e que o devoto visualiza como sua própria natureza divina (um exemplo são as divindades do candomblé, que são manifestações da mente criadora divina e que se manifestam como sendo nossa energia primordial de DEUS/DEUSA em nós).

Se assim não for, nem é religião nem são sacerdotes/sacerdotisas autênticos. São magos desvirtuados que usam a capa, tradição e ritos religiosos para deturpar e desviar o crente do verdadeiro objetivo religioso e defendido pelos verdadeiros sacerdotes/sacerdotisas: unir-se conscientemente ao seu Deus Pessoal.

Sob este ponto de vista, toda religião pode desvirtuar-se em feitiçaria. Todas elas sem exceção.

Abandonemo-nos, pois em Deus/Deusa e em suas manifestações sagradas, e prestemos cultos sinceros e vamos oferecer a ele tudo que temos de melhor, de acordo com a nossa tradição religiosa, como fruto do nosso trabalho e da nossa existência, mas nunca como troca ou para que a divindade se torne escravo do nosso Ego, se sentindo na obrigação de cumprir todos os desejos do nosso coração, mesmo aqueles que não são justos nem contribuem para o equilíbrio de toda a criação.

Com esta consciência podemos alcançar a liberdade e a felicidade mesmo em meio as procelas do mundo. Seremos livres, inclusive, dos feiticeiros que querem toda nossa energia, forças, culto, dinheiro, oferendas para eles próprios, já que se sentem donos dos deuses e capazes de manipulá-los.

Mba Kukunda Ngana Nzambi Mpungu - Louvado seja Deus Todo Poderoso!

Louvado seja pela sua diversidade de manifestação, pelo Deus pessoal que se faz em mim e que me leva conscientemente à realização divina, e ao encontro dos meus antepassados e ancestrais que habitam nos mundos espirituais.

Independente dos acontecimentos que me agradem ou me desagradem no dia de hoje, eu Louvo ao Eterno e Complacente, e me abandono Nele, como o pequeno riacho se entrega às águas de um rio caudaloso até alcançar o mar do amor de Deus/Deusa.


Bom dia e boa semana para nós.


Tata Ngunz'tala

sexta-feira, maio 07, 2010

DIA DAS MÃES

Oi gente bonita filha do Todo Poderoso, boa tarde.

Próximo domingo é dia das mães. Mas não posso desmarcar a aula da meninada porque eles ficam ansiosos, então, estarei lá para aula a partir das 09:00.

Porém, considerando que é um dia festivo e todos que tem suas mães perto, amam e são amados por elas, querem almoçar juntos, acho que não vamos fazer a tradicional sessão de Umbanda. Às 14:00 vou firmar o congá, fazer as orações e se sentir que o Preto Velho está lá, darei passagem pra ele. Se não, dexarei o congá firmado e volto pra casa preparar minhas malas, pois viajo pra Manaus na segunda feira, se esta for a vontade divina.

Mas, de qualquer modo teremos nosso almoço comunitário com as crianças. Quem quiser ir dormir lá de sábado pra domingo e ajudar com a criançada no domingo pela manhã (vamos precisar de ajuda) e almoçar conosco, será muito bem vindo. É só confirmar.

Que nossa tarde seja abençoada, seguida de uma noite sob o acalanto divino.

O BRASIL AFRICANO

Diáspora–Quilombos–Território–População

Fotografias, mapas e vídeodocumentário compõem exposição sobre a territorialidade dos quilombos no Brasil.

No dia 12 de maio/2010, a Galeria Térrea do Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, em Brasília, recebe a Exposição "O Brasil Africano: Diáspora-Quilombos-Território-População – Mapas e Fotos", com pesquisa e organização do professor da Universidade de Brasília Rafael Sanzio. A exposição fica aberta à visitação até o dia 20 de junho/2010.
A mostra é composta de fotografias em preto-e-branco em grandes formatos, mapas cartográficos e do vídeodocumentário O Brasil Africano I. Traz também documentação cartográfica antiga e fotografias do século XIX, que contribuem de maneira significativa, para o entendimento da dinâmica da diáspora África-Brasil e os territórios de resistência constituídos pelos quilombos. A pesquisa foi realizada em várias comunidades e espaços africanos no Brasil, em arquivos públicos de instituições em países na Europa e África

“Este trabalho inédito nos apresenta a história dos quilombos como um projeto ancestral, do sentido de ser e viver solidário. A terra é sagrada e a luta ainda é a luta dos primeiros ancestrais bantos, para manter sob os pés o espaço de sobrevivência e resistência, pela liberdade e cidadania brasileira”, disse sobre a exposição a historiadora e educadora Vanda Machado.

Essa mostra constitui uma das atividades fundamentais do Projeto Geografia Afro-Brasileira: Educação & Planejamento do Território, desenvolvido no Centro de Cartografia Aplicada e Informação Geográfica da UnB. Tem como principal objetivo mostrar as interpretações geográficas e historiográficas das estruturas existentes na formação do Brasil e da sua população, tomando como referência os aspectos da herança africana no território brasileiro.

A territorialidade dos quilombos, um dos eixos principais da mostra, durante os quase quatro séculos de sistema escravista existente no território brasileiro, estiveram registrados particularmente nos espaços de desenvolvimento e expansão de atividades econômicas ligada à colônia e pressões internacionais vindas da Europa. Mais de 120 anos já se passaram da assinatura da Lei Áurea e as comunidades descendentes e remanescentes das populações de matriz africana que se territorializaram, por distintos processos fundiários, no espaço rural e nas periferias urbanas do Brasil continuam com uma referência de espaços de resistência, sobretudo, pela sua exclusão ainda, do sistema oficial.

As pesquisas revelaram a existência de mais de 3 mil registros de comunidades quilombolas, distribuídas por todas as grandes regiões geográficas do país. A concentração se processa, principalmente na Região Nordeste, nos estados do Maranhão e Bahia; na Região Norte, no estado do Pará; no Sudeste nos estados de Minas Gerais e São Paulo e no Sul do Brasil, no Rio Grande do Sul.

Para o professor Rafael Sanzio, o objetivo da exposição é contribuir para a ampliação das informações, sobretudo para minorar o preconceito secular associado aos quilombos e às populações de matriz africana no Brasil. “Importante não perder de vista que o Brasil Contemporâneo é o que é, porque teve e tem no seu território, na sua sociedade e nas suas manifestações culturais e cotidianas, a referência da África, mantida e resistida pelas populações da diáspora“, disse.

A maioria do material de pesquisa da mostra faz parte do livro Quilombos: Geografia Africana-Cartografia Étnica-Territórios Tradicionais (ANJOS, R.S. 2009).

A exposição, que conta o patrocínio da UnB e da Petrobras, terá visitas monitoradas. Para agendamento das visitas é só ligar para 61 - 3325-6410 / 3325-5220



Serviço:

Inauguração: 12/05/2010 – 19h

Local: Salão Térrio do Museu Nacional da República, Brasília

Período – 12/05/2010 a 13/06/2010

Horário de visitação: Terça a domingo, das 9 às 18h

Para mais informações:

61 – 3307-2393